segunda-feira, dezembro 26, 2011

O Homem e a Mulher │ Victor Hugo

O homem é a mais elevada das criaturas;
A mulher é o mais sublime dos ideais.
O homem é o cérebro;
A mulher é o coração.
O cérebro fabrica a luz;
O coração, o AMOR.
A luz fecunda, o amor ressuscita.
O homem é forte pela razão;
A mulher é invencível pelas lágrimas.
A razão convence, as lágrimas comovem.
O homem é capaz de todos os heroísmos;
A mulher, de todos os martírios.
O heroísmo enobrece, o martírio sublima.
O homem é um código;
A mulher é um evangelho.
O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.
O homem é um templo; a mulher é o sacrário.
Ante o templo nos descobrimos;
Ante o sacrário nos ajoelhamos.
O homem pensa; a mulher sonha.
Pensar é ter , no crânio, uma larva;
Sonhar é ter , na fronte, uma auréola.
O homem é um oceano; a mulher é um lago.
O oceano tem a pérola que adorna;
O lago, a poesia que deslumbra.
O homem é a águia que voa;
A mulher é o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço;
Cantar é conquistar a alma.
Enfim, o homem está colocado onde termina a terra;
A mulher, onde começa o céu.

Victor Hugo

segunda-feira, dezembro 19, 2011

Atualização da Vida │ Sou Feliz


Nos últimos dias tive a certeza de que meus textos, por vezes, causam uma impressão errada nos meus leitores.
Talvez até mesmo meu coração tenha essa ideia errada sobre ele mesmo.

Muitas pessoas tem me cercado de preocupações e conselhos e houve um momento que me senti como se fosse um cara totalmente problemático e carente de amor, carinho e atenção...

Tsc, tsc.. de longe sou assim!

O  fato de saber demonstrar minha sensibilidade e de conseguir expressar meus sentimentos de forma clara e objetiva, não significa que minha vida esteja centrada ou baseada nessas problemáticas.

Ontem, tive mais uma irrefutável prova de que sou um cara completamente feliz e nada carente. (tá talvez sim na vida amorosa...)
Tive a ímpar oportunidade de estar com preciosos, porém novos, amigos.
Estar com eles me faz tão bem... é difícil descrever como, até porque por vezes tenho medo de me sentir exagerando.

Meu filho me proporciona momentos exclusivamente únicos. Ter ele foi a melhor coisa que aconteceu em toda a minha vida. Sempre que o vejo meu coração se enche de uma alegria tão intensa que é impossível descrever como me sinto a cada brincadeira, sorriso, papai... É impossível não pensar nele por mais de um segundo. Meu tudo.

Tenho tudo que preciso para ser feliz e sou. Passo problemas na vida como todo mundo passa, acredito que a diferença, é que gosto de falar sobre esses problemas e encara-los sempre de forma a pensar e refletir sobre eles, compartilhando-os.

Agradeço a todos que tem se preocupado comigo, comentando no facebook, pessoalmente ou por telefone. =)

Aos amigos de ontem, saibam que vocês moram no meu coração e quero fazer de vocês amigos para vida toda. Quero continuar conhece-los mais e mais.

segunda-feira, dezembro 12, 2011

Atualização da Vida │ Inexorável Destino.


Há uma música que curto bastante que diz:
"No matter how i'll try, I can't stop the rain"
Traduzindo: Não importa o quanto eu tente, não posso parar a chuva.
E para completar hoje eu ainda li que Deus escreve certo por linhas tortas; absurdo.

Baseado nessas duas premissas é fácil afirmar que o destino é inexorável, como já dizia o mago Merlin no romance de Cornwell, B.
Sabem, essa frase foi meu mote por muito tempo e na verdade ainda é. O destino é imutável, imprevisível e soberano. Não importa o quanto você lute é impossível parar a chuva ou mudar seu curso. É de cima pra baixo e ponto.

Não quero entrar em questões religiosas que são sempre tão complexas de se dividir e por consequência de se debater. Quero me ater ao simples fato de que devemos viver a vida, cientes de que o que acontece é inevitável e deverá sempre ser aceitado.

Não digo que devemos nos resignar e deixar que o simples discorrer dos fatos sejam soberanos sobre nosso arbítrio... não.
Mas sim devemos entender que nada acontece à toa, tudo realmente tem um propósito maior, temos é que pedir à Deus discernimento e sabedoria para entender e lidar com esses fatos.
Mesmo acreditando na soberania do destino, em sua inexorabilidade, creio que nosso arbítrio é quem demanda as infinitas possibilidades já previstas pelo “Deustino”.

Sabem, tenho passado tempos que preciso colocar minha cabeça no lugar e ponderar sobre tudo com sabedoria e inteligência.  Quero conquistar coisas grandes, já tenho quase trinta.
Não penso nessas coisas como uma obrigação, penso como direito adquirido.
Preciso ser forte para pessoas que esperam isso de mim, ser presente para pessoas que anseiam por isso, ser perfeito e falho na medida que a vida me permitir amar, mais e mais.

Sou controlador e o simples fato de pensar que não importa o que eu faça não serei capaz de parar a chuva, me desespera. Melhor dizendo, desesperava.
É, desesperava porque tenho aprendido muito com meu amor de pai, amor romântico e também com meu amor fraternal.
É chegado o momento oportuno de reorganizar a vida para poder viver essas promessas na plenitude das palavras: pai, homem e amigo.

De certo que quem me acompanha pelo blog, tem me visto falar mais como homem apaixonado e de coração obstinado, no entanto minha vida não gira só sobre isso.
Hoje a mulher que eu amo perguntou-me: “O que eu fiz/faço pra te despertar tanto amor?”
Quando li essa pergunta, sorri, mas com ternura nos olhos.

Hoje descobri que ela ainda não me ama. Mas inevitavelmente gosta bastante de mim. Como descobri isso, você pode me perguntar, é simples: Se também me amasse, saberia dentro de si a resposta, pois seria um espelho.

Minha resposta foi simples e direta, pois meu coração é assim.

Não é o que se faz diretamente, nós não olhamos pra alguém e determinamos, por isso ou por aquilo vou faze-la me amar. Não.

Eu a amo pelo simples fato de quem ela é.

Seu conjunto de qualidades e defeitos fazem o coração disparar... Seria hipócrita de dizer: é seu sorriso, seus olhos, sua doçura, simpatia, belas pernas, bom humor, carinho, boa mãe, extrovertida, despojada ou simplesmente pela cor de seus cabelos e seu inebriante sorriso...
É tudo, e ainda mais. Simplesmente me apaixonei por ela.

Mas a respondi assim:

“Talvez a vida, Deus, sei lá, tenham trazido alguém pra vc... alguém especial, alguém que não é melhor do que qualquer outro, mas que te faz o bem que você precisa, que te faz sentir única, ainda que você não consiga enxergar o que em você proporciona isso nele.

Sei que é forte, sei que ainda não temos nada definido, como " em um relacionamento sério", mas eu me sinto assim

Ser quem você é me faz te amar tanto. Tudo que tenho conhecido faz meus dias serem melhores, assim como você é assim pra mim, quero ser pra você.”



Amar alguém na expectativa de ser amado seria tentar parar a chuva? Será que estou forçando uma barra afogando-a com todo esse amor? Será que isso é ignorar a inexorabilidade do destino?
Na minha vã, porém sã consciência não.

Quem ama sempre esperará ser atendido na mesma medida e isso não é tentar parar a chuva, pois não há como forçar a barra para o amor. Se ela tiver que amar, amará. Esse carinho evoluirá.

Bem, já  estou eu aqui novamente divagando sobre o amor... risos.

O que quis enfatizar nessa postagem é o simples fato de que o destino é sim inexorável, doa a quem doer.
No entanto assim como faço com o tempo, tentando remi-lo o “tempo todo”, assim é com meu destino, a todo momento tento muda-lo, direciona-lo.
E, se por ventura algo acontecer que aparentemente gere um problema, Deus me ensinou a dar foco nas soluções.

Bem, é isso, obrigado. =)

sexta-feira, dezembro 09, 2011

Atualização da Vida │Ser Humano

Sou um ser humano.

Atualização da Vida │ Vítima da Reclamação

Por mais que eu seja um cara tranquilo, quando mais novo eu reconheço que era um reclamão de marca maior. Não podia encontrar uma situação difícil que disparava meus milhões de motivos, sempre pessimistas, para desistir ou simplesmente nao gostar/ fazer.
Além disso, adorava me fazer de vítima, torcia situações, um ator.
Mas mesmo com esses defeitos que na minha opnião eram meus maiores, eu era cercado de amigos, bons amigos.
A adolescencia passou e a faze pré-adulta chegou e depois a fase adulta, conceitos mudaram, atitudes foram revistas e com isso minha cosmovisão, até mesmo minha, mudou.
Me considero um cara super tranquilo de se lidar, mesmo tendo minhas neuras, acho que sei lidar bem com elas. Tenho um temperamento forte, uma lingua afiada e uma mente perspicaz e maquiavélica. Não, veja bem, não sou maligno, sou calculista.
Aí você se pergunta: Como? Ele sempre é tão profundamente passional nos seus textos.

Minha resposta é simples. Você não me leu, não me conhece.

Entenda, não sou frio e totalmente razão, mas gosto de saber dos meus passos.
Decidi escrever hoje sobre isso porque recentemente li um texto sobre os reclamões, e mesmo sabendo que o texto não era para mim, me senti como se fosse. A carapuça serviu? Não. Simplesmente fui remetido à um tempo onde era mais fácil reclamar ao agir.

Sei que tenho uma visão de mundo e de mim mesmo muito madura e consciente. Mas sabem, certas coisas acontecem e me fazem lembrar daquele Nelson, e às vezes ceder à imagem dele o trazendo à tona.

O otimismo me é inerente e não somente uma qualidade. Praticidade e bom senso são filosofia de vida.
Mas acho que o único lugar que eu ainda não consegui encontrar essa medida exata da maturidade é no amor.
Para algumas coisas são tão maduro e correto, centrado. Já para outras acabo agindo como o mau e velho Nelson.

Sou tão auto-crítico sobre isso que aqui está esse texto.
Sei dos meus motivos e ainda que eu possa reclamar, sobre qualquer coisa, não quero mais ficar fazendo isso. É massante, massacrante, chato.

Portanto amigos de caminhada e leitores-ausentes, se me pegarem reclamando insistentemente sobre qualquer coisa, briguem comigo! risos.

Hoje, ainda quero escrever mais!

segunda-feira, dezembro 05, 2011

Sem nome │Amor

A vida volta e meia nos surpeende com reviravoltas que nos lembram uma novela. Talvez seja por isso que o povo brasileiro se identifica tanto com isso.

Sempre que lido com um problema que envolve uma pessoa eu procuro usar a minha empatia ao máximo, não somente pensar como a pessoa, mas sim me sentir no lugar dela através da procura de uma experiencia que eu tenha vivido que se assemelhe à nova situação. Meio Mnemonico.

Eu escolhi o amor, amo ama-la. Eu sempre soube de todas as "condições", todos os riscos, e mesmo assim decidi amar.
Por vezes já me senti o homem mais sortudo do mundo e por vezes um tremendo idiota, por diversos motivos diferentes já viajei entre esses dois extremos. Porém no resumo desse amor ainda sou o homem mais sortudo.

Minha mente já voou em várias situações e ja pensei que se tivesse agido "assim ou assado" talvez tudo pudesse ter sido diferente.
Hoje tive a nítida impressão de que ela queria que eu desistisse, me entregasse... Sabe aquele papo de "vai ser melhor, não quero ver você sofrer..."? então...

Me senti confuso, perdido, machucado, tonto.

Penso: Se eu tivesse essa oportunidade de amar novamente eu lutaria por esse amor, encararia o mundo, amaria. Seria feliz.

Mas será que eu realmente faria isso? Assim que me separei me relacionei com uma pessoa ímpar que gostou de mim de verdade, mas tudo pra mim era tão complicado... assim como esta sendo pra ela agora.
Hoje sou capaz de enxergar que nós mesmos criamos nossas complicações, o amor é pratico, decidido, versátil, ágil em querer ser consumido.

No entanto isso não me da o direito de desrespeitar o espaço que cada um tem. Cada qual age da maneira que mais lhe apraz.

Eu a amo e tenho aprendido a ter um amor paciente, respeitoso e grande. Ela mesmo me definiu bem: devotado.

Tem uma música da Adele que tenho ouvido incessantemente (One And Only) e hoje minha prima conseguiu falar por mim: "Meu coração tem gritado isso."

Eu a quero, confesso que hoje pensei mesmo em desistir. Mas lembram-se do texto sobre ter um coração apaixoado e obstinado? risos.

As vezes sinto como se esse amor a afastasse de mim, por mais que ela fale que gosta do meu jeito e de certa forma me corresponda.

Não sei o que fazer...

sábado, dezembro 03, 2011

Atualização da Vida │O Poder de Amar e seu Valor

Não é dificuldade para ninguém que me conhece e acompanha minha vida pelo menos um pouco, ou a uma distância segura (risos), perceber que estou apaixonado.
Mas antes de falar melhor sobre isso gostaria de trazer à memória, a minha memória alguns sentimentos que tive, decisões e por motivos que só a vida nos faz entender.
Falo do amor entre homem e mulher.
A primeira vez que realmente amei uma mulher, tive um filho com ela. Foi um amor que nasceu puro, forte e que se consolidou de forma potente dentro de mim. No entanto foi morto paulatinamente. Morto.
Amei como achei que jamais conseguiria amar e vivi experiências que me fizeram tão feliz.
Mas esse amor foi morto de tal forma, tão bem matado, que hoje não consigo me lembrar dessas coisas com ternura.
Só não me arrependo dele, porque nasceu meu filho, minha maior e melhor felicidade.
Depois disso, resolvi não amar mais, não acreditar nesse amor puro, no romantísmo, na devoção, na entrega...
Havia decidido que não construiria mais nada que envolvesse qualquer sonho romantico.
Porém a vida sempre me ensinou que a palavra "nunca" não deve ser pronunciada com propriedade, altivez, soberba.
Atualmente fui surpreendido com um sonho, um sentimento que surgiu sem eu querer. Fui surpreendido com o amor.
Um amor que é mais maduro, menos adolescente, mais paciente, complicado de lidar, mas gostoso de sentir.
Na boa, eu nem queria ter me apaixonado, "só estava gostando dela"... Quando percebi que estava amando novamente, me senti perdido, com medo de viver toda a decepção novamente.
É bem verdade que ainda tenho meus medos, mas quando estou realmente amando sou assim, venço meus medos e não temo dar a cara a tapa... Alguns me admiram por ter essa coragem, outros me condenam por parecer tão "bobão", mas eu não ligo, eu apenas amo.
No entanto meu maior medo, o que tenho mais dificuldade em lidar é o da decepção, não a minha.
Ainda há outra coisa que temo que é o de assustar. Ser tão intenso, tão dedicado e sempre tão direto, ao invés de aproximar pode afastar.

Sabem, um dos motivos que me fazem escrever é o de que só me sinto realmente confortável para falar sobre mim e meus "dilemas" atráves da escrita. Meu melhor psicológo é uma folha de papel em branco. Expande.

Esses dias, tenso por um mito específico, postei algo no facebook que não paro de ler, e quero deixar registrado aqui no blog.


"O amor por muitas vezes nos causa, ansiedade, preocupação e vontade de querer resolver tudo por você mesmo para os dois.
Mas, a paciência pode ser a resposta para praticamente todos os dilemas da vida e com o amor não é diferente.
Meu amor é forte, intenso e devotado. Não tem medo de se mostrar e avançar, ainda que seja pra dentro de si.
Quero meu amor concreto, palpápel, tangível...
Quero sorrir ao lembrar do sorriso, suspirar ao lembrar do beijo, enrijecer de lembrar do toque da sua pele na minha.
Quero te ver ao nascel do Sol, e contemplar contigo tal arrebol
Parafrasear sua voz, me perder do comprimento dos seus cabelos, sonhar com seu corpo.
E tudo isso de verdade, não mais em verso e prosa, papo vespertino ou matinal, quero você, meu amor.
Toda essa ansiedade e preocupação terão fim.
Obrigado por me fazer sentir. Obrigado por me permitir te amar"
O desejo do meu coração é ter acertado nesse amor, mas só o futuro me permitirá poder afirmar.
Tudo que sei hoje é que a amo pra valer e quero faze-la feliz, completa-la.

sexta-feira, dezembro 02, 2011

Colaboradores │Estréia │Divagações

Esses dias me lembrei de um certo dia, em que me perguntaram o por que de eu gostar de ler tanto. Essa é uma pergunta que sempre me intrigou porque, no meu mundo, todos possuem mil livros em casa e todos cultivam a leitura diária, mas não é assim. Quando deparada com uma pessoa que fazia uma pergunta a qual a resposta era simplesmente óbvia a ponto da questão me parecer idiota, eu me questionava e me intrigava. O tempo passou e eu entendi que nem todas as pessoas gostam disso. Mas a resposta que eu dei na época, foi simples. "Ah, sempre gostei". Não que eu tenha um intelecto culto, simplesmente admirável e incomum... apenas gosto de ler bastante. Hoje penso que eu poderia dar mil especificações do motivo. As palavras sempre tiveram grande influência a minha vida toda. Desde pequena, a fantasia me fascinava. Seja no primeito jogo que me encantou (Zelda - a link to the past e posteriormente Zelda - Ocarina of Time), desde meu primeiro livro, o qual eu realmente não me recordo. Daí eu passei a me inspirar e a escrever.

Minha primeira estória, era infantil, obviamente, e tratava-se de uma menina que trocava de lugar com uma estrela. Meu segundo feito, era baseado no mundo dos elfos e fadas. Uma mistura de inspirações que me ocorreram vindos do jogo Zelda, um livro esotérico da minha mãe, e minha própria imaginação. Também tive minha fase dark, inspirada em Anne Rice, a qual eu já devorava com meus 13 anos. Criei vampiros frios e impiedosos, e donzelas vítimas de seus encantos. Depois me veio a magia épica... A Idade Média romântica fantástica dominou minha cabeça, assim como as crônicas. Entrei em um mundo que parecia já ser meu a muito tempo. Criei cavaleiros, reis, damas, justas, sacerdotisas, algumas batalhas sangrentas, magia. Porém antes disso tudo, esqueci de citar, me veio as Fábulas de Esopo (talvez meu primeiro livro, não me recordo), que me embarcou em pequenas estórias e as lições que cada uma nos trazia.

Depois me veio o século XVIII. Toda a meticulosidade da sociedade europeia nessa época, também me encantou. Era o romance em sua forma mais pura, dramática, trágica e piegas, com Jane Austen, Charles Dickens e as irmãs Bronte. Um pouco de filosofia em forma de romance me trouxe Oscar Wilde, que me fez pular também para outros autores e O Médico e O Monstro me fascinou. Ao mesmo tempo, também me veio a aventura... conheci garimpeiros e seus fiéis cães com Jack London, e os aclamados romances policiais de Sir Doyle e Christie, e a atmosfera escura de Poe. A poesia também entrou em meu diversificado mundo com Byron, Shakespeare, Blake, Azevedo e alguns outros que eu considerava pequenos a comparar com estes.  Também me dei com relatos. O Diário de Zlata e Anne Frank foram os que mais me cativaram, além do ácido Hunter S. Thompson. Não posso especificar mais nada daqui, ou isso aqui viraria um grande texto maçante e entediante, mas o fato é... porque gosto tanto?

Seria meu refúgio, minha pressa e urgência de desligar-me um tanto do mundo real? Seria minha inspiração, motivação? Ou trata-se apenas de simples coisas como... se apaixonar perdidamente pelo cheiro das páginas de livros, velhos ou novos. O fato é que eu sempre estava lá, com um livro nas mãos, e quando eu cansava de ler, debruçava minha cabeça na página em que eu estava, olhando aquelas letras como se fossem a única coisa do mundo, e sentindo aquele cheiro bom, que me provoca uma nostalgia e uma sensação deliciosa sem igual. Aí tudo em volta parecia colaborar com a atmosfera do livro em que eu estava lendo.

Quando lia romance de cavalaria, tudo parecia estranhamente rústico e passado. O vento soprava mais fresco e o Sol me presenteava com seu fraco calor. Imaginava-me em diversos lugares. Ou quando lia um suspense, por exemplo, tudo parecia mais sombrio e curioso, atiçando-me a continuar. Não posso negar a minha paixão por pequenos efeitos singelos que isso pode me causar... sentir aquela textura em meus dedos, o papel, as letras, as palavras, a frase, os parágrafos e como tudo aquilo me preenche. Aí uma brisa sopra e tudo não pode ser mais perfeito.

Mas lógico, acordo. O mundo está cheio de desgraças e eu apenas preciso de alguns livros, algumas idéias minhas e escrever, pra ser otimista o bastante e acreditar, que talvez isso tudo aqui um dia possa mudar.

por: Morgana Oliveira