quinta-feira, novembro 24, 2011

Atualização da Vida │ Causos.


Recentemente aconteceu comigo uma dessas historias inusitadas, mas que por vezes acabam sendo rotineiras, ainda mais dentro da realidade do Rio de Janeiro.
Digo inusitada porque é o tipo de historia que a gente seleciona pra contar na mesa do bar, de uma forma cômica para os amigos rirem e se sentirem incitados a compartilhar algo parecido.

Fui parado por um PM.

Pronto já viu né? (risos)

Estou com minha habilitação vencida desde Janeiro (parte por falta de vergonha na cara e outra parte, a atual, por falta de grana), mas isso não tem me impedido de fazer pequenos e seguros trajetos de carro.
Nesse estado, fui fazer um favor para a empresa de realizar o serviço bancário pois o boy havia faltado. E, sem querer fugi da blitz. É sem querer.

Essa blitz é rotineira, mas costuma acontecer a pelo menos duzentos metros do local que aconteceu desta vez. Só que eu não vi que ela estava tão perto de mim, devido a grande quantidade de ônibus ao meu redor. Como a hora já era adiantada, resolvi cortar caminho para chegar logo na empresa. Resultado, o guarda me viu “fugindo” e me perseguiu.
Resumindo, o guarda estava fazendo corretamente o trabalho dele até achar cento e oitenta reais da empresa no meu bolso. Mesmo eu conversando da maneira certa, tendo como comprovar meus argumentos ele não quis ser “camarada” e me aliviar. Tive que apelar para meu tio, que resolveu tudo em dois minutos.

O ponto o qual quero abordar hoje é que hoje eu  acredito na polícia.

Há uns dez anos atrás eu tinha medo de andar nas ruas a noite e tinha terror de pensar em ser parado por qualquer viatura. Só ouvia histórias grotescas e das mais inimagináveis sobre a polícia do RJ, coisas de bandidinho sabe, policial se sujando por causa de um vale transporte!
Porém desse tempo pra cá a instituição tem sido moralizada, organizada e limpa. De certo de que ainda há policiais como o que me parou, que faz certo o seu trabalho até perceber a “oportunidade de ouro” de sacanear alguém.
Mas no geral tenho visto amor pela farda, comprometimento e trabalho honesto. Ressalto, não sou nenhum militante a favor, só decidi relatar o sentimento que tenho tido a partir dos fatos que tenho podido analisar.

Sei que ainda há os totalmente descrentes, mas eu procuro ser somente honesto.

Mesmo sob o subterfúgio de que como em toda profissão há os bons e maus profissionais, sabemos que em alguns casos o profissional deve ser exemplo do exemplo, e o policial é um desses casos!

Claro que não vou perder a oportunidade de falar que meus amigos policiais são tão certinhos que cantam o hino do estado e da PMERJ hasteando a bandeira no portão de casa. (risos)

Forte abraço!

sexta-feira, novembro 18, 2011

O Futuro e sua Expectação

Hoje em dia não é dificil falar sobre o futuro e suas respectivas expectativas. Há quase que um senso comum quanto ao futuro dos jovens de vinte e poucos.

Sempre pensamos no sucesso através da realização profissional, das conquistas materiais, plenitude no amor e o que "sobra", deverá ser preenchido com viagens e vislumbres que só a consequencia do sucesso nos trás.

Almejo sim o sucesso profissional e batalho por isso dia e noite. Mas quero colher disso tudo coisas mais simples. Jantar com amigos, "x-tudo" na esquina, parque com meu filho, um sorriso descomprometido na mesa do bar, cinema agarradinho, passear de mãos dadas na praça com quem amo.

Ou seja, tudo que já cansamos de ter nas nossas rotinas corridas e porque não dizer corriqueiras, é o que eu quero.

Não quero perder isso, não posso.

Nossa vida é única e o presente se passa a todo momento, e junto dele há sempre a expectativa do futuro melhor.

Então se há essa "expectação" porque elas necessariamente devem ser grandes?

Fica a pergunta: E possivel sonhar em ser grande, sendo "pequeno"?

sexta-feira, novembro 11, 2011

O Amor pela Escrita.

Certo de que a vida passa rápido e de todos os dogmas que nos alimentam rotineiramente e que por mais que sejam redundantes, são incontestáveis, eu escrevo.

Ainda não sei definir exatamente o porque ou os porquês, mas sei que gosto disso e isso me faz bem.
Antes escrevia poesias, depois aprendi a fazer poemas, me achava bom, mas hoje vejo que o bom foi não ter guardado comigo nada daquilo que era tão imaturo e expressava um amor tão juvenil que chegava a ser exasperadamente medíocre. Depois aprendi a escrever crônicas e historias bem elaboradas, mas sempre sem a paciência necessária para uma boa revisão ou para dar a extensão que minha mente gostaria de dar.  Adolescência ignóbil.

Logo, mais tarde aprendi que sempre sendo extremamente auto critico e dono de uma sensibilidade e teimosia ímpar, o que eu sabia fazer melhor era escrever sobre o comum, sobre mim e sobre a vida. No entanto, esse é um assunto tão repetitivamente novo que minhas possibilidades logo se esgotaram, ou talvez esgotarão. Quem saberá?

Em tudo isso sei que amo escrever, amo tentar brincar com as palavras, amo mostrar essa brincadeira, ser lido.

Todos que me conhecem reconhecem essa habilidade, não somente a de saber escrever, mas sim a habilidade de saber lidar com as palavras.

Acredito que por isso tantos presumem, ao me conhecer, que sou diferentemente inteligente, intelectual, cdf... Não passo de um cara normal que se preocupa em saber se expressar da forma correta.
Mas, vejo que essa preocupação é tão grande que por vezes se torna um defeito, como me lembraram ontem:

"[...]inúmeras vezes acho fácil demais dizer o que penso, e as coisas correm mal por isso." Kvothe

Mas quero me ater ao prazer de escrever, o prazer de tornar o intangível, tangível de certa forma. O prazer de trazer a mente do leitor, ainda que ausente, à nossa realidade, ao mundo que criamos seja de fantasia ou emoções, das situações que conseguem criar a empatia necessária para arrancar um largo sorriso, uma lágrima ou uma ponderação sensata.

Ainda sonho em lançar um livro-ainda-não-sei-de-que.

E pensar que há algum tempo eu não sentia mais esse gosto, ou estava me privando dele de alguma forma. E dois anjos me reestimularam.
Certa feita numa entrevista de emprego, me pediram para vender um produto e para minha sorte, sorteei o produto: livro.

Adorei aquilo! Eu vendi a fantasia, um novo mundo, possibilidades infinitas, fuga, realização, poder e glória. Claro que não passei na entrevista, afinal nos dias de hoje quem compra emoções?
Seria gostoso porém improvável que a vida me levasse a poder viver de fazer o que mais gosto, escrever.

Ontem, li uma crônica de uma amiga no Facebook, aquilo foi tão inspirador, quis ter escrito aquilo, claro a meu modo, mas quis mesmo de verdade. Talvez semana que vem eu me arrisque novamente numa crônica, ainda que seja por pura inveja, a boa inveja. (risos)

Não costumo citar diretamente pessoas nos meus textos, mas aqui quero citar em forma de agradecimento  três pessoas:

Gizelle,minha professora-crítica que com paciência sempre me lê.
Cathy, que com doçura e carinho de uma verdadeira amiga também esta presente me estimulando;
Morgana, conte comigo para compartilhar desse prazer inigualável e que seus textos não parem. Retome com firmeza.

E, só pra completar o ciclo, se me permitem, incluirei a Fernandinha que também me lê sempre que pode e esporadicamente se arrisca em algumas linhas publicamente.

Forte e sincero abraço,
Nelson

segunda-feira, novembro 07, 2011

Atualização da Vida │Ponderações

Há muito tempo eu tenho procurado dar novos rumos à minha vida. Na verdade todo ano penso assim, acho que todo anos todos nós pensamos assim, não é?

Até agora eu tenho conseguido fechar os anos que se passam com saldos positivos na balança. Aí eu me pergunto: O que seria esse saldo positivo?

Bem, vamos começar os trabalhos! =)

Anteontem eu conversava com meu amado primo, que agora iniciou um novo momento na sua vida profissional e mudou seu projeto de vida. Recentemente ele se converteu ao protestantismo e por coincidência (ou não) ele está na mesma igreja na qual congreguei por quase dez anos. E, em nossa conversa ele veio com todo aquele papo de "planos de Deus", "prosperidade", "promessas", e todo mais esse etecétera que os "crentes" bem conhecem.

Cara, nada contra meu primo, mas me deu uma vontade de pregar contra ele!

O capitalismo do mundo já há tempos chegou dentro das igrejas e isso me enoja. Não vou ater muito a isso, mas apenas vou complementar sobre as coisas que escrevi recentemente.

Porque só conseguimos amarrar a ideia da felicidade e prosperidade com dinheiro no bolso?

Hoje depois que sai da casa do meu filho, vim conversando com Deus sobre isso: prosperidade.

Prosperidade para mim, não é ganhar quinze ou trinta mil reais, fazer viagens pelo mundo e não me preocupar com o que tiver de pagar no final do mês. Pra mim, ser próspero é saber que minha família tem saúde, que mesmo com as contas para pagar tenho um emprego, ainda que seja pra reclamar de ir trabalhar na segunda-feira, é ter momentos de qualidade com meu filho, poder abraçar meus amigos, saber que posso contar com eles e que eles saibam que podem contar comigo também.

Não me importo em ser executivo, funcionário público, empresário ou um sortudo ganhador de um grande premio ou herança, só me importo em fazer quem amo feliz e ser feliz com isso.

Talvez meu primo já seja extremamente próspero, mas ainda não o sabe.

Quem me conhece sabe o quão simples eu sou e como não preciso de tanta coisa assim para me sentir feliz e bem. Isso não quer dizer que eu não tenha minhas aspirações e ambições, no entanto não pautarei minha vida nisso, e sabem por quê? Porque na morte nada se leva.

Porém é difícil achar o contraponto exato, a medida certa. Mas por mais que os anos se renovem junto das promessas de mudanças, há uma que se mantém no meu coração já há algum tempo, que é:

"Heróis são reacionário e vilões são revolucionários" - Bruno Larrubia.

Desde que vi essa frase escrita no status do MSN do meu amigo Bruno anos atrás, não paro de me perguntar o que sou ou o que quero ser.

Na maioria das vezes, como atualmente, sou apenas reacionário. Um herói que tem vivido dia após dia, mês após mês, apenas reagindo a tudo que acontece a sua volta sem conseguir dar o ataque perfeito nos problemas que tem se apresentado.

Mas sempre me pergunto também: O que é preciso para ser um vilão, um revolucionário?
Na analogia é fácil ser remetido à ideia de mudar o mundo, transformar pessoas, mudar o curso das coisas. (Claro que no caso dos vilões a seu bel prazer e loucura. risos).

Voltando para a pergunta, o que precisamos para revolucionar nosso próprio "mundinho", nosso universo particular. O que para cada um de nós significa revolução? Até onde é bom revolucionar?

Eu ainda não descobri o que eu preciso, não sei nem por onde começar. Será que para me revolucionar eu preciso me mudar, alterar quem eu sou? Ou preciso simplesmente mudar minha maneira de ver o mundo, minha cosmo visão?

Tudo o que sei é que tenho mais perguntas do que respostas, e sei também que não gostei desse texto.

Um abraço,