sexta-feira, novembro 11, 2011

O Amor pela Escrita.

Certo de que a vida passa rápido e de todos os dogmas que nos alimentam rotineiramente e que por mais que sejam redundantes, são incontestáveis, eu escrevo.

Ainda não sei definir exatamente o porque ou os porquês, mas sei que gosto disso e isso me faz bem.
Antes escrevia poesias, depois aprendi a fazer poemas, me achava bom, mas hoje vejo que o bom foi não ter guardado comigo nada daquilo que era tão imaturo e expressava um amor tão juvenil que chegava a ser exasperadamente medíocre. Depois aprendi a escrever crônicas e historias bem elaboradas, mas sempre sem a paciência necessária para uma boa revisão ou para dar a extensão que minha mente gostaria de dar.  Adolescência ignóbil.

Logo, mais tarde aprendi que sempre sendo extremamente auto critico e dono de uma sensibilidade e teimosia ímpar, o que eu sabia fazer melhor era escrever sobre o comum, sobre mim e sobre a vida. No entanto, esse é um assunto tão repetitivamente novo que minhas possibilidades logo se esgotaram, ou talvez esgotarão. Quem saberá?

Em tudo isso sei que amo escrever, amo tentar brincar com as palavras, amo mostrar essa brincadeira, ser lido.

Todos que me conhecem reconhecem essa habilidade, não somente a de saber escrever, mas sim a habilidade de saber lidar com as palavras.

Acredito que por isso tantos presumem, ao me conhecer, que sou diferentemente inteligente, intelectual, cdf... Não passo de um cara normal que se preocupa em saber se expressar da forma correta.
Mas, vejo que essa preocupação é tão grande que por vezes se torna um defeito, como me lembraram ontem:

"[...]inúmeras vezes acho fácil demais dizer o que penso, e as coisas correm mal por isso." Kvothe

Mas quero me ater ao prazer de escrever, o prazer de tornar o intangível, tangível de certa forma. O prazer de trazer a mente do leitor, ainda que ausente, à nossa realidade, ao mundo que criamos seja de fantasia ou emoções, das situações que conseguem criar a empatia necessária para arrancar um largo sorriso, uma lágrima ou uma ponderação sensata.

Ainda sonho em lançar um livro-ainda-não-sei-de-que.

E pensar que há algum tempo eu não sentia mais esse gosto, ou estava me privando dele de alguma forma. E dois anjos me reestimularam.
Certa feita numa entrevista de emprego, me pediram para vender um produto e para minha sorte, sorteei o produto: livro.

Adorei aquilo! Eu vendi a fantasia, um novo mundo, possibilidades infinitas, fuga, realização, poder e glória. Claro que não passei na entrevista, afinal nos dias de hoje quem compra emoções?
Seria gostoso porém improvável que a vida me levasse a poder viver de fazer o que mais gosto, escrever.

Ontem, li uma crônica de uma amiga no Facebook, aquilo foi tão inspirador, quis ter escrito aquilo, claro a meu modo, mas quis mesmo de verdade. Talvez semana que vem eu me arrisque novamente numa crônica, ainda que seja por pura inveja, a boa inveja. (risos)

Não costumo citar diretamente pessoas nos meus textos, mas aqui quero citar em forma de agradecimento  três pessoas:

Gizelle,minha professora-crítica que com paciência sempre me lê.
Cathy, que com doçura e carinho de uma verdadeira amiga também esta presente me estimulando;
Morgana, conte comigo para compartilhar desse prazer inigualável e que seus textos não parem. Retome com firmeza.

E, só pra completar o ciclo, se me permitem, incluirei a Fernandinha que também me lê sempre que pode e esporadicamente se arrisca em algumas linhas publicamente.

Forte e sincero abraço,
Nelson

2 comentários:

  1. Nelson, é um dom fantástico esse de poder recriar e recriar mundos, oníricos ou reais, onde nós, leitores, nos encontramos, nos identificamos e encontramos respostas às nossas próprias indagações através do que chamamos "catarse". Seus textos são excelentes por proporcionar esse tipo de experiência. Obrigado por escrevê-los!

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  2. Obrigado por comentar Manoel. Não precisa me agradecer por escrever... =)
    Saber que fiz valer o mote do blog, que apesar de estarmos distantes somos unidos por essa gama tão paradoxal de emoções, isso ja me satisfaz.
    Obrigado!

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