terça-feira, outubro 04, 2011

Sentimentos - 1ª Parte │ Ansiedade

Não é a primeira vez que escrevo sobre ansiedade... rs talvez porque essencialmente eu seja uma pessoa ansiosa.
Uns dizem que é em decorrência da idade, outros falam que é culpa do formato de sociedade no qual vivemos, outros já me falam que a culpa é minha mesmo, e ainda há aqueles que acreditem que é herança genética, mas no fundo é tudo culpa minha mesmo. =)

Vivo ansioso por ter os problemas resolvidos e por poder conseguir conquistar tudo o que sonho o quanto antes.
Mas ultimamente tenho aprendido o quanto as palavras indiferença e longaminidade são aparentadas da senhorita ansiedade!

Pois é, sempre fui um cara paciente com as adversidades da vida e quase nunca perco a calma, apesar de ter um temperamento forte. As pessoas que me conhecem sabem disso, às vezes minha paciência beira a idiotice, segundo alguns mais focados em criticar... e de certo modo, não estão errados não. Já paguei muito de idiota por ser tão paciente.

E recentemente tenho aprendido a ser indiferente às minhas ansiedades, acho que por conta de certa maturidade que alcancei. Indiferente no sentido de saber mesclar a paciência com a indiferença...Não sei se estou sabendo me explicar, mas vamos lá.... =)

Atualmente, sempre que estou muito ansioso com alguma coisa que espero ou que esta por acontecer pratico isso. Se quero ligar não ligo, se quero comprar espero, se quero ir não vou. Pode parecer incoerente, mas pra mim além de um exercício é também uma estratégia.

Quero dizer que, quando percebo que ceder a ansiedade pode me gerar frutos ruins prefiro pensar estrategicamente, no entanto é difícil decidir pelo “certo” quando se tem um coração tão intenso e apaixonado como o meu. Se segurar e fingir que nada esta de diferente mesmo sabendo que seu coração está explodindo de vontades, saber esperar pelo telefonema certo, pela mensagem certa, pelo momento certo...
Administrar as questões da vida e tentar “manipular” as situações para que tudo possa convergir e interagir no tempo perfeito, no momento perfeito de matar a tal senhorita ansiedade.

E me refiro à ela como senhorita porque ela faz questão de nunca envelhecer no nosso coração, sempre a vemos como algo novo que nos impulsiona para atitudes desmedidas como as de um adolescente. Pra mim a ansiedade é irmã da paixão.
Até hoje não conheci um coração apaixonado que não seja ansioso...

É manter a calma e a paciência é e sempre será a chave para o sucesso para que um coração apaixonado consiga o que quer.

O difícil é lidar com o fracasso que transforma a ansiedade num ferimento latejante, é como se tivéssemos algo inacabado e que precisa receber um ponto final. É como olhar nos olhos de quem ama, e saber que não é amado, é duro, dói... Mas ao mesmo tempo nos faz feliz demais saber que é tão bom nutrir um sentimento que nos revigora a esperança.

É! A ansiedade me fez sentir isso, exatamente assim. Acho que principalmente porque além de ter um coração apaixonado, também sou obstinado! Desistir das minhas ansiedades nunca fez parte de mim. E olhem, tem mais, seriam ansiedades o que tenho, ou puros e simples desejos?

E agora?

Ansioso ou não, eu amo viver tudo isso.

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