Mais do mesmo...

Pois é, mais um dia e mais um tempo de refletir sobre a vida e sobre o eterno suplicio de pensar nas complexidades que envolvem a vida de quem se auto analisa o tempo todo.

Sou honesto. A pouco me senti muito frustrado com muitas coisas que tem acontecido mas também feliz por saber que ainda tem muito o que acontecer.

No entanto hoje, tento entender o que tem sido Deus pra mim, ou na verdade o que eu tenho esperado d’Ele, ou ainda tentar entender o que Ele quer pra mim.

Difícil isso não é? Como entender tudo isso se somos sempre tão limitados por nossas emoções, carências, sucessos e frustrações.

Nossas emoções nos cegam o tempo todo e na verdade queremos sempre que Deus faça tudo que nos abençoe e que só tenhamos vitórias. E na boa, nada disso é errado, afinal alguém planeja uma derrota para si? Alguém gosta de perder e sofrer e só colher o que há de mal na vida?

Recentemente eu tento entender o porque que Deus me deixou ir tão longe, porque ele me permitiu reviver toda uma expectativa, toda uma esperança para simplesmente nada acontecer. Alias aconteceu sim, me frustrei.

E ainda haverá quem diga: “Nem toda vitória nossa será uma vitória pra Deus e vice-versa. Devemos somente confiar e crer que tudo coopera...”

É, com certeza é bonito e profundo, e até mesmo pratico, pois incide diretamente em agir contra si, convencendo-se de ter somente fé.

Na boa, não acho nada disso errado, ruim, mau ... Não estou com raiva de Deus, frustrado com Ele ou até mesmo revoltado.

Mas confesso que tudo isso tem me esfriado de certa forma...

Não quero voltar a ser o crente que eu era, viver de uma expectativa nostálgica do que um dia eu fui e que tenho  (por obrigação) que tornar a ser como um dia eu já fui. Acho querer ser melhor é válido sempre, mas aquele tempo já se foi, hoje eu sou um ser humano diferente, mais experiente, inclusive nas coisas de Deus....

Mas mesmo achando isso, me sinto aberto a ser questionado... Pois, vai que eu estou completamente errado? (coisa que não é tão difícil... risos)

Há poucos dias eu me senti inspirado a escrever um poema sobre a palavra “reviravolta”, mas infelizmente deixei a inspiração passar... Mas quero tentar, talvez consiga ou simplesmente estrague tudo...

Reviravolta

Tornar, virar em torno de si mesmo, isso é definir-se mais do que como uma palavra

É saber reconhecer o passado e enxergar que é preciso rever o futuro

Talvez ainda voltar ao passado

Voltar ao que se era nunca será uma opção

A não ser que se use o “re”

Repetir: não, refazer: quem sabe,  revirar: com certeza

É simplesmente entender que precisamos ser quem somos

Mas perder o que se foi não é uma opção, devemos resgatar com um novo ar

O que se será com o jubilo do que ainda não foi.

Quem diria até mesmo “reviravoltar”

Pois é assim que faço: Reviravolto!

Trabalho, filhos, corre-corre, amor, vida, paixão, musica...

Dor, tristeza, agonia, depressão, decepção, choro, lágrimas...

Alegria, gozo, sorrisos, gargalhadas, olhares, reviravolta

Ainda o mais importante é “reviravoltar” para o amor de se amar

Esse poema não é nada demais, e nunca será, mas expressa um pouco que sinto por tudo que vi, vivi e ouvi.

E como sempre eu falo demais...