sexta-feira, março 20, 2009

Tempos e Movimentos

Ultimamente tenho pensado bastante sobre os tempos da minha vida. Tempos que virão e tempos que não voltam. Tempo também do agora e presente redundante de uma vida cíclica de presente à presente.
Pode parecer esquisito ou até mesmo batido, mas é o assunto que tem me feito pensar e meditar.
A bíblia nos fala muito à respeito de tempo e de como lidar com ele de maneira inteligente. Mas, é impossivel pra mim, não deixar de associar logo de cara, a passagem que diz: "Fui menino e fazia coisas de menino, agora sou homem e não faço mais o que era de menino" Sei que não são essas palavras exatas, mas acredito ter passado corretamente a idéia central do texto.
Sabem quando eu falo sobre os "tempos", não se trata somente de uma lembrança nostalgica, saudosa ou até mesmo de "querencia" dos tempos passados. Mas sim, falo dos "tempos" que nos lembram do que deveríamos ser, resgatar ou fazer novamente!
Acho que sou muito dificil de se fazer entender.
Já me disseram uma vez: "Nelson você deveria conversar com Caetano Veloso, porque acho que só um tem a capacidade de entender o outro!"
Quero resgatar o tempo que eu era, continuando a ser quem eu sou. Incoerente? talvez... não certamente. Não quero refazer minha essência, mas preciso resgatar coisas em mim das quais sinto falta. Coisas sobre "tempos" que eu preciso ter com Deus.
Mas não tenho conseguido por causa dos movimentos, a vida não para, nos movimentamos para nossas escolhas em todo tempo, a todo tempo.
Esses movimentos causados por mim mesmo me atrapalham a chegar/ resgatar o que eu sou.
Resposta? hum....
Preciso me movimentar melhor, ir reto pra mim é resgatar os "tempos".
Tenho estado, ou melhor, me movimentado de forma muito confusa.
Mas bem, enquanto a vida há esperança pra a boa ação do Senhor!

um forte abraço!

2 comentários:

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  2. "Quero resgatar o tempo que eu era, continuando a ser quem eu sou".

    Sartre ensinou que "somos aquilo que fazemos do que fazem de nós". Também comungo de seu desejo de retornar a uma essência de um passado remoto. Mas existir é devir. Para Sartre, no homem "a existência precede a essência"

    "Tempo também do agora e presente redundante de uma vida cíclica de presente à presente".

    Nossa consciência é temporalmente estruturada. Não afeta a um animal a angústia decorrente do fluxo ininterrupto do tempo; mas aos homens sim: pois a consciência do tempo equivale à consciência da finitude e, consequentemente, de que viver a cada dia é dar mais um passo em direção à morte inevitável. Felizmente, nossa espiritualidade nos conforta com a esperança de que a morte não é senão uma transmutação de estados - do corpóreo ao espiritual.

    Parabéns pelo texto!

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