quarta-feira, janeiro 14, 2009

Indiferença

Já passei por isso certa vez. Pensando bem, essa palavra e o seu siginificado intenso com certeza ja fizeram ou fazem parte da realidade de todos nessa vida.
Quem nunca foi esquecido, quando pensava que era inesquecível? Quem nunca deixou de ser notado por alguém que ama ou por um grande amigo? Quem nunca sofreu com a indiferença, que atire a primeira pedra!
Mas, eu particularmente, acho que não deveria haver a indiferença no Reino de Deus. Se buscamos ser iguais à Ele, se almejamos ser seres-humanos melhores, porque agimos com tanta indiferença?
O mais incrível é que a via é de mão dupla. Ao mesmo tempo que nos sentimos esquecidos, esquecemos.
Há poucos anos, me lembro que fiquei muito chateado quando fui esquecido pelos meus "amigos" de "denominação" dentro da igreja. Pessoas que conviviam diariamente comigo, alguns que me chamavam de irmão, não pelo chavão ou costume... pessoas de quem eu sentia que quando me chamavam daquela forma, tinham verdadeiro amor no tom da expressão.
E, quando passei a enfrentar meus dilemas pessoais, quando passei a faltar aos cultos, repensar algumas coisas, certos conceitos, absolutamente ninguém me procurou.
E não digo somente da procura pra perguntar sobre a "vida espiritual" não... To falando da amizade, do convivio, do cotidiado. TUDO simplesmente sumiu. Alguns até nem falam comigo na rua.
O que eu fiz? fui eu? Será que é porque acompanhei um antigo pastor local?
Acho que não consigo culpar ninguém a não ser a indiferença.
Hoje, vivo o mesmo sentimento, mas não a mesma situação.
Até mesmo um colega de trabalho que congrega no mesmo lugar que eu, não quer saber da minha vida, quando ao passo que eu sempre pergunto e procuro amizade.
Bem, parece até que sou uma criança mimada querendo atenção. Chorando desesperadamente porque meus " irmãos" brincam sem mim. Desolado porque fiquei de fora.
Deus nunca me esqueceu, sei disso e o amo por isso. O Senhor Jesus NUNCA foi indiferente comigo.
Mas acho que realmente estou agindo como uma criança mais nova, deixada de lado pelos mais velhos por não poder caminhar com eles, ou como eles ainda.

Meu dilema pessoal hoje é: superar isso e me achegar mais à Deus acima desses sentimentos que só nos corroem, a cada Domingo que ninguém se importa, e a cada semana que o telefone só toca pra assuntos de trabalho.

Mas ainda assim, parecendo a vítima da situação e exagerando nas palavras de pessimismo, eu te amo Jesus pois sei que Tu Senhor nada tens com isso.


P.S: Quanto ao meu querido colega de trabalho, bem quanto à todos.
Ninguém tem a obrigação de buscar uma amizade ou a ficar perguntando sobre a vida alheia. Mas o fato é que as pessoas gostam de se sentir parte de algo ou alguma coisa.
E, bem, entendo que todos tem seus problemas e próprios dilemas.
Será que estou só colhendo o que sempre plantei? Me faço essa pergunta pra tentar amenizar meu duro sentimento.

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