quarta-feira, abril 04, 2007

A Vinda do Senhor

Noite, ensandecida, mas noite...
Ouço gritos, e acordo com um tremor!
Uma mão se estende até mim, e não entendo o porque, apenas retribuo. Sou arrancado da minha cama e logo depois do meu quarto.
Ainda desorientado tento me situar no que ocorre. Meu pai me puxa pelo braço e apenas obedeço ainda sem entender muito. Luto contra o sono e o cansaço...
Na rua gritos e estrondos, finalmente entendo o que ocorre, quando vejo metade de minha casa cair, e meus pais e irmãos se abraçando enquanto perdemos tudo o que temos... Menos nossas vidas e uns aos outros.
Quando me dou por conta, a rua toda treme e sacode, e vejo meus vizinhos gritarem insanamente por parentes ou coisas...
Deus nos livrou a todos...
Sirenes cada vez mais altas chegam aos nossos ouvidos e os bombeiros lutam pelas vidas. Por um momento pensei ser um atentado.
Mas o homem espiritual tudo discerne. Diz a palavra.
Vi a noite em trevas, mas não trevas por falta de luz, mas sim por falta de Luz.
O céu em sangue a lua em putrefação, e o horror do “poderio” infernal eram sentidos na carne.
Vi muitos se matarem.
Em meio à correria esbarrei num deles... Asqueroso e ardiloso.Pele escamada e um sorriso de congelar a alma de quase qualquer um.
Ele esboçou repugnância na cara e vomitou ao me ver, tentou me tocar, mas a Luz o impediu.
Jeová Sabaoh.
Montes surgiam em meio aos prédios de uma paisagem urbana, e um cenário apocalíptico era montado enquanto corríamos de um lado para o outro.
Eu os vi. E enquanto os contemplava, pude reparar por um fragmento de tempo, que todos os eleitos olhavam para Eles.
Angellus.
No cume de cada monte, Eles se erguiam, como guerreiros mais que vitoriosos que se apresentam ao seu Rei. E eles os levavam.
Os selos.
E a postos se puseram. Queria andar, correr, sei lá. Mas o fato é que apenas os olhava fixamente.
Trovões cortaram os céus, e ouviram-se estrondos como de muitas águas. As nuvens se dispersavam e giravam lentamente no formato de uma espiral. Senti o sangue gelar por um momento, Mas logo uma chama se acendeu dentro de mim.
Feixes de Luz rasgaram o céu o vimos:
Leão de Judá, bendito seja, Adonai, Shekinah, Shalom, Rafá, Jireh.
O mundo viu sua glória e a sentiu quando disse: — Minha palavra não é lançada por terra! E vos disse Igreja, que voltaria e aqui estou minha noiva!
Quando disse a meu Pai: — Envia-me a mim. Sabia por quem faria tal sacrifício, e venho honrar a vontade de Deus nosso Pai. Santificaram-se e esperaram com perseverança o tempo do Senhor, a agora aqui estou!
A casa esta pronta. Vocês clamaram:
MARATA!
Nesse momento ergueu Seu braço e na sua destra estava todo poder. Relâmpagos o envolveram, seus cabelos serpenteavam ao ar e sua túnica, alva, bruxuleava aleatoriamente enquanto clamava pelo Pai.
— Senhor, eis que tua igreja pronta está, rogo-te pra que as portas abertas estejam pro Teu povo oh Senhor!
Senti meu corpo flutuar e tudo que dantes era caos... Virou agonia para aqueles que viraram o rosto pra palavra de salvação.
Enquanto subíamos, vimos que nas nuvens com Cristo já se encontravam aqueles que já estavam na glória, com seus corpos glorificados.
A ordem então foi dada:
— Abram os Selos!

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